Muito prazer
Minha cor
preferida é verde, eu me sinto fora de época, gosto de feiras de antiguidades,
faço dança de salão, sou colecionadora de gibis da turma da mônica, leio a
biblía e amo a combinação vinho + salame.
Fui
criada achando que o mundo não ia muito além da Gamboa, saúde e praça mauá. Na
minha infância, ainda existiam piques, brincadeiras de ciranda, salada mista
era o único meio de ganhar um beijo (não passava de um selinho), apelido não
era bulling e nas férias nós podíamos ficar ate tarde na rua sem adulto.
Fui
criada pela minha mãe, em um casarão de paredes infiltradas, e minha tia que
fazia papel de pai na minha criação até meus 9 anos, quando minha mãe resolveu
se casar novamente. Seu atual marido não gosta de mim e por esse motivo aos 13
anos de idade fui convidada a me retirar de casa por ele.
Aos
14 anos arrumei meu primeiro emprego, logo depois embarquei com mais 29 alunos
de uma escola filantrópica (Adro), para a Alemanha. Fazíamos parte de um grupo
musical, fomos para agradecer as ajudas que recebíamos e em busca de mais fundos
para manter a escola funcionando.
Aos 15
anos conheci um ‘carinha especial’, estamos juntos até hoje. Aos 18 anos
conheci meu pai e embarquei em outra viagem, dessa vez, em busca de conhecer toda a minha
família (dele). Nessa mesma idade, também comecei a morar sozinha e logo em
seguida juntei as escovas de dente com o ‘carinha especial’, bati asas e sai da
minha zona de conforto.
Durante
alguns anos, mergulhei no mundo de cabeça, alma e corpo. Quase me perdi. Aos 21
me tornei cristã, tive revelações e uma onda de boas novas começou. Hoje tenho
‘vinte e poucos’, me tornei mãe, retornei ao meu berço (Centro da cidade) e
voltei a escrever aqui, histórias que crio, que escuto, que acho e coisas
minhas, sobre Tudo que se pode ler.