12 de setembro de 2017

Um blábláblá sobre o Raphael

Parece que ontem eu estava lá, em jejum desde as 9 da manhã, sendo internada as 16, para ter meu filho dos braços somente as 23:11 da noite, então acordei e já se passaram dois anos daquele dia, 24 meses, 730 dias agarradinha, coladinha nele.

Tudo ficou mais bonito, gostoso, divertido e melhor depois que o Raphael chegou, é incrível... Irei comemorar todos os anos da vida do meu filho sempre, do jeito que for, seja bolinho, festinha ou festão, o Raphael foi a melhor coisa que eu já fiz na minha vida, eu sou completamente, inteiramente, loucamente apaixonada por tudo nele.

Apaixonada pela forma dele olhar, andar, falar, até a forma dele respirar eu amo. Amo quando ele chora, quando ele sorri, quando ele me namora, quando ele me abraça, quando ele segura meu rosto com duas mãozinhas gordas, pequenas e diz: ''mamãe, eu amo você, eu amo você!'' -começo a rir e chorar ao mesmo tempo.

Eu amo em segredo até mesmo quando ele me deixa de cabelo em pé, quando faz birra, quando eu tenho que ser durona e deixa-lo lá sentadinho de castigo, ignorando o choro (do réu culpado), fingindo que não está doendo em mim, quando na verdade estou chorando mais que ele por dentro.

Outro dia mesmo, teve que ficar na cadeirinha do pensamento quase 10 minutos até me pedir um mísero ''disputa'' (desculpa), motivo? Queria impor por fina autoridade que era grande o suficiente para me ajudar com os preparativos da sua festa, manuseando uma tesoura com ponta!

Falei umas 5 vezes que não podia e perdi as contas de quantas vezes mudei a bendita de lugar, em uma ida ao banheiro, ele me apronta a de subir na mesa para pegar a tesoura em cima da janela, foi o extremo. Um grito e castigo!

Eu grito com o Raphael, acho errado gritar com os filhos, mas eu grito com o meu, grito até mais do que deveria, eu acredito. As vezes estamos brincando de fazer show, ele no violão e eu com o controle remoto de microfone, quando noto, já estou berrando. Tem dias que eu invento de brincar de histórias que crio e toda vez que imito o dragão eu grito, fora as vezes que deixo ele na sala sozinho vendo TV e vou para cozinha. Eu não consigo ficar 5 minutos sem ouvir a voz dele ou vê-lo, já acho que aconteceu algo ou na certa ele está fazendo besteira, então é certo aquela comunicação a base de berros: ''Filho? ta fazendo o que?''

Tem dias que o Raphael me deixa maluca! Maluca mesmo! Eu fico parada girando olhando a casa de pernas pro ar, dá uma crise existencial extrema, parece que por uns minutos eu não sei quem sou eu e porque estou vivendo essa situação, ai dá vontade de gritar também, mas nesses momentos por incrível que pareça, nunca gritei, a não ser em 'caps lock' no whatsap para o André.

Curioso é como toda mãe é igual e todas elas se perguntam se todas passam pela mesma situação. O pai pode ser literalmete um super pai e fazer de tudo, mas nada no mundo vai substituir a pressão que é ser mãe. Assim como nada nessa vida conseguirá descrever a maravilha que é ter um filho!


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...